quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Valor - Mais um apelo por aportes em produtividade agrícola

Inovação

Dow Jones Newswires

O declínio mundial nos investimentos em pesquisa agrícola com exceção da China - provocou uma desaceleração na produção da agricultura e levará a um aumento nos preços internacionais dos alimentos pela primeira vez em 50 anos, segundo alertou mais um economista na terça-feira.


De acordo com Philip Pardey, professor de política tecnológica e de ciências da University of Minnesota, as mudanças climáticas e os decorrentes problemas de falta de água contribuíram para o cenário, mas a desaceleração na produtividade está "profundamente relacionada" ao declínio dos investimentos em pesquisa desde o fim dos anos 70. Ele não é o único, e o coro é crescente no mundo todo.

"A consequência final da desaceleração da produtividade é que iremos sair de uma tendência de 50 anos de declínio real nos preços dos alimentos para voltar à tendência de aumento nos preços", disse ele em conferência na Austrália.

Ele afirmou que a maioria das regiões do mundo passou por uma queda no crescimento na produtividade agrícola desde 1990.

Nos Estados Unidos, o crescimento da produtividade encolheu de 2%, em 1990, para 1,1% em 2002, afirmou o especialista. A diminuição varia de país a país, embora a desaceleração seja mundial.

Pardey culpa a falta de investimento para aperfeiçoar as espécies de colheitas e as técnicas de gestão.

A China evitou a tendência e manteve os investimentos em pesquisa e desenvolvimento na agricultura, conseguindo um rendimento alto nas colheitas de alimentos básicos, como trigo, arroz, milho e soja, segundo Pardey.

Os números de 2000, os mais recentes disponíveis, mostram que osEUAcontribuíram com cerca de 25% dos US$ 33,7 bilhões em investimentos públicos e privados mundiais em pesquisa e desenvolvimento agrícola. Dos US$ 20,3 bilhões em investimentos públicos, os EUA gastaram 19% e a China, 9%.

Pardey afirmou que uma parte cada vez maior desses gastos destinase a pesquisar o impacto da agricultura nas mudanças climáticas e a ameaça do terrorismo à segurança alimentar - e não para elevar a produção na agricultura.

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