segunda-feira, 26 de outubro de 2009

PF compensa emissões de CO2 reflorestando

Programa Carbono Neutro tem parceria de prefeituras e pequenas empresas em todo o país


Jailton de Carvalho

BRASÍLIA. Depois de se dedicar ao combate à corrupção nos últimos anos, a Polícia Federal decidiu investir na imagem de instituição ecologicamente correta. A polícia está fazendo plantio de árvores em todo o país para compensar as emissões de carbono pela frota de carros, helicópteros e aviões da corporação.

Nos cálculos das emissões estão incluídas até o uso de passagens na aviação comercial por policiais federais em viagem a serviço. Segundo o delegado Álvaro Palharini, chefe da Divisão de Crimes contra o Meio Ambiente, a PF é provavelmente a única instituição pública do país a fazer um trabalho sistemático contra o aquecimento global.

- Não há mais espaço para gestor que não leva em consideração as mudanças climáticas - afirma Palharini.

O programa chamado de Carbono Neutro foi lançado em 2007, quando a polícia começou a fazer os cálculos de emissões de carbono. A partir dessas contas, foram plantadas 32 mil mudas ano passado.

Este ano, embora a meta seja plantar 40 mil, Palharini sustenta que, até dezembro, este número chegará a 80 mil.

O programa, visto com reserva por alguns setores da polícia no início, tem recebido apoio dentro e fora da instituição.

Só em Jales, no interior de São Paulo, a polícia plantará 5 mil mudas, um número bem acima da proposta inicial, que era do plantio de 500 árvores.

A PF toca o programa em parceria com prefeituras e empresas locais, o que ajuda a reduzir os gastos. Em geral, os terrenos são cedidos pelas prefeituras e as mudas por viveiros locais.

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