quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Indústria apresenta proposta conservadora para Copenhague

CLAUDIO ANGELO
EDITOR DE CIÊNCIA

A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) aproveitou ontem a vinda de Al Gore ao Brasil para apresentar suas propostas para a conferência de Copenhague. O documento não fala em metas de corte de emissões para o setor, limitando-se a elogiar o Brasil como "economia verde" e a listar tópicos "para o debate".

O documento diz que, no âmbito da COP-15 (a conferência de Copenhague), "o que se espera do Brasil são compromissos de erradicação do desmatamento ilegal". Não menciona o crescimento de 77% das emissões do setor industrial e de 56% no de transportes (acima do PIB) entre 1994 e 2007.

Afirma que a Fiesp "não se omitirá" diante do impacto causado pelas mudanças climáticas e liderará a produção de inventários e estudos setoriais para estimular as empresas a adotarem, voluntariamente, metas de redução.

Mas diz também que os compromissos assumidos na COP-15 deverão ter como prioridade a "inclusão social e o nivelamento de assimetrias regionais" -ou seja, desenvolvimento em primeiro lugar.

As principais propostas são para o comércio, com a intenção de refutar leis nacionais sobre clima que possam distorcer o comércio internacional. Na área de energia, a Fiesp defende "adequar a participação" de geração por biomassa e vento, além de nuclear e gás natural.

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