terça-feira, 20 de outubro de 2009

Experts em florestas pedem que preservação seja efetiva

Crise financeira pode gerar políticas de proteção, diz representante da ONU


Especialistas em florestas, que participam desde ontem na capital argentina do 13º Congresso Florestal Mundial, fizeram um apelo para que as medidas para conter o desflorestamento sejam concretizadas.

Veja também: Veja o ritimo de desmatamento da Amazônia "Sobre o sistema florestal mundial, existem inúmeros documentos e declarações. Mas, simultaneamente, há um déficit enorme de instrumentos para transformá-los em fatos concretos", afirmou o secretário de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Argentina, Homero Bibiloni, na abertura das sessões. O objetivo do congresso é criar um fórum de discussão e trocar experiências. A programação vai até sexta-feira. Participam mais de 4,5 mil especialistas, autoridades e integrantes de ONGs ambientais, .

Pela primeira vez, um encontro desse tipo englobará rodadas de negócios e um fórum de investimentos e financiamentos para a indústria florestal.

Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), entre 1990 e 2005 as florestas perderam uma área equivalente a 3% da superfície mundial. Além disso, segundo a organização, 20% das emissões de gases-estufa são provocadas pela derrubada das matas. Mas a FAO afirma que o ritmo do desflorestamento perdeu velocidade - entre 1990 e 2000 o mundo perdia 8,9 milhões de hectares de floresta por ano; entre 2000 e 2005, o volume caiu para 7,3 milhões.

OPORTUNIDADE

O subdiretor-geral da FAO, Jan Heino, afirmou que a crise internacional teve forte impacto no setor florestal, já que a recessão em vários países provocou queda da demanda de produtos da área florestal, além de reduzir o número de postos de trabalho nessa área. "Mas essa crise representa uma nova oportunidade para gerar políticas para o setor florestal, pois a recessão serve de estimulante para procurar esquemas inovadores para o ordenamento sustentável dos recursos", disse.

O representante da FAO destacou que o número de zonas florestais protegidas está crescendo em todo o mundo. "O sistema florestal é crucial para falar sobre mudanças climáticas", sustentou Heino, que também afirmou que a política florestal deveria estar dentro das estratégias integrais de desenvolvimento social e econômico em todo o mundo. "Não podemos ser condescendentes. Há muita coisa em jogo", afirmou.

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